sábado, 23 de abril de 2011

Hyunday Elantra

Confira a avaliação do Hyundai Elantra
Modelo que chega em junho promete agitar o segmento de Civic e Corolla
 The New York Times Syndicate
A transformação da Hyundai continua com a nova geração do Elantra, que promete se tornar a referência da categoria em 2011 
A nova geração do Hyundai Elantra tem tudo para repetir, em 2011, o frisson causado pelo Honda Civic em 2006. Pelo menos nesse primeiro contato nos EUA, o sedã mostrou que tem atributos para conquistar uma legião de fãs – e deixar a concorrência de cabelos em pé. Primeiro, a marca assegura que o carro terá o mesmo consumo impressionante – 12,3 km/l na cidade, 17 km/l na estrada – em todas as versões. Depois, os “marqueteiros” da Hyundai ficaram felizes em apontar que Honda Civic e Toyota Corolla ficam atrás do Elantra não só em consumo, como também nenhum deles consegue superar o preço inicial do coreano. Será assim no Brasil?
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O novo motor 1.8 16V de 150cv da linha Nu é um dos destaques. No Brasil, o modelo já virá com injeção flex
Mais interessante que o preço e o consumo do Elantra são as concessões que a Hyundai NÃO fez para chegar a esses valores. Não há redução de peso especial ou retirada de equipamentos para chegar a modelos miseráveis. E o novo Elantra não é compacto. Ele ficou 2,5 cm mais comprido e tem entre-eixos 5 cm maior que o modelo anterior. Apesar do crescimento, a Hyundai conseguiu eliminar cerca de 28 kg do carro.
A maior arma no arsenal do Elantra é o novo motor 1.8 16V, que produz competitivos 150 cv e 18,1 kgfm de torque. O propulsor, de codinome Nu, tem tempo de abertura de válvulas continuamente variável tanto no comando de admissão quanto no de escape, além de coletor de admissão de comprimento variável, para mais torque ou potência. Uma válvula reguladora eletrônica ligada ao computador do motor e da transmissão ajuda a melhorar o consumo. O novo Nu também é 33,3 kg mais leve que o antigo motor quatro cilindros da Hyundai. Ausências notáveis são as da injeção direta de gasolina e do sistema start-stop, mas a marca diz que essas tecnologias ainda são caras para essa linha de motores.
Da forma como está, o motor do Elantra provou ser bastante eficaz. Fornece boa explosão de força logo que acionado e potência linear por toda a faixa de aceleração. O que realmente impressiona é a suavidade em qualquer rotação. Seja rodando a 110 km/h ou andando de pé embaixo, nunca demonstrou fraqueza. A única vez em que notamos um déficit de potência significativo foi quando tentamos uma ultrapassagem em um aclive na rodovia. De modo geral, há força mais que suficiente para a condução cotidiana, seja na cidade ou na estrada.
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O Elantra repete soluções de design dos Hyundais mais recentes, tanto na carroceria quanto no painel de linhas arrojadas
Um par de transmissões de seis marchas – manual ou automática desenvolvida pela própria Hyundai – direciona a potência. Disponível apenas no acabamento inferior GLS, o câmbio manual tem engates curtos e é relativamente divertido de operar, mas os engates são um pouco vagos e a embreagem é muito, muito leve. O novo câmbio automático, opcional na versão GLS e de série na topo de linha Limited, é suave no geral, embora ocasionalmente engasgue em reduções. As trocas manuais estão disponíveis na alavanca, mas o câmbio sobe as marchas por você quando a faixa vermelha do conta-giros se aproxima.
Ainda que o novo trem de força seja bem resolvido, há outras forças em atuação. Considere que o Elantra empata com o Civic como o carro mais leve da categoria. Com pouco menos de 1.215 kg, ele é apenas 45 kg mais pesado que o Ford New Fiesta Sedan. Sendo um peso-pena e ligeiramente mais potente que o Civic, o Hyundai conquista a melhor relação peso-potência da categoria.
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Há bastante espaço vazio no centro do painel. O carro conta com controle de climatização, GPS com tela sensível ao toque, que é opcional em todas as versões, sistema de som de 360 watts e câmera de ré.
É uma diferença que se percebe ao acelerar. Com menos peso para carregar, o Elantra é ligeiro na cidade, na estrada ou até mesmo em sua estradinha vicinal favorita. A suspensão (McPherson na frente e a barra de torção atrás) não é das mais sofisticadas, mas permite ao Elantra fazer curvas com confiança. É surpreendentemente difícil fazer o carro sair de frente ou de traseira. Mesmo que frear tarde nas curvas deixe a traseira um pouco leve, ela rapidamente se recompõe sem rebolar muito.
A esportividade é apenas um bônus. A principal missão do Elantra é servir de condução cotidiana econômica, e ele desempenha esse papel com louvor. O carro roda bem, andando firme sem ser muito rígido em pisos irregulares. Os barulhos do vento e motor são bem controlados, embora o ruído dos pneus possa se fazer audível em asfalto que não seja lisinho. Como aparenta ser uma tendência entre os novos Hyundai, a direção elétrica parece artificial, como o volante de um videogame, mas é rápida e precisa.

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No banco de trás, espaço é bom para acomodar pernas, mas os mais altos podem bater a cabeça no teto
Por dentro, o Elantra é confortável, ainda que um tanto familiar. O estilo interno é bastante semelhante ao de outros Hyundais recentes, com o mesmo conjunto de instrumentos em dois compartimentos e um bloco interior central envolvente. Há bastante espaço vazio no centro do painel. Enquanto o controle de climatização é simples e funcional, os comandos do rádio não são dos melhores. O GPS com tela sensível ao toque é opcional em todas as versões, e inclui sistema de som de 360 watts e câmera de ré, todos intuitivos de usar. A versão Limited vem com bancos de couro, controlador de velocidade, Bluetooth e controles de som no volante – esse regula em altura e profundidade. Ainda que o espaço seja bom em geral, passageiros mais altos não vão ficar felizes com a altura do teto atrás. O porta-malas abriga 420 litros.
Por fora, a história se repete. Você encontrará elementos de estilo de outros Hyundais, como a grade que lembra a do ix35 e as linhas laterais inspiradas nas do Sonata. Mesmo que algumas características (como os faróis esticados até quase as colunas A) possam parecer um pouco exageradas isoladamente, em conjunto elas criam uma unidade atraente caracterizada como “envolvente e arrojada”. Em relação às rodas, as do modelo básico são aro 15 de aço, mas também estão disponíveis aros 16 de liga leve para o GLS, enquanto a versão Limited sai de fábrica com aros 17.
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Perfil curto como em um cupê e traseira elevada devem conquistar clientes mais jovens, em especial os fãs do Civic
Com consumo e preço imbatíveis, a Hyundai tem um forte competidor nas mãos. O Elantra apenas precisa se preocupar com a reestilização do Civic e o próximo Focus. No Brasil, está confirmado: o carro chega entre maio e junho de 2011 com esse novo motor 1.8 16V, e já na versão flex – o que pode aumentar a potência.
Executivos da Hyundai que estão no país para cuidar do projeto HB (compacto que será produzido em Piracicaba a partir de 2012) garantem que estão trabalhando para repetir a estratégia dos EUA. Ou seja, trazer o sedã com preço competitivo diante de Civic e Corolla. Caso isso se confirme, o Elantra estará em posição de liderar a categoria.

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