Confira a avaliação do Hyundai Elantra
Modelo que chega em junho promete agitar o segmento de Civic e Corolla
A transformação da Hyundai continua com a nova geração do Elantra, que promete se tornar a referência da categoria em 2011
O novo motor 1.8 16V de 150cv da linha Nu é um dos destaques. No Brasil, o modelo já virá com injeção flex
A maior arma no arsenal do Elantra é o novo motor 1.8 16V, que produz competitivos 150 cv e 18,1 kgfm de torque. O propulsor, de codinome Nu, tem tempo de abertura de válvulas continuamente variável tanto no comando de admissão quanto no de escape, além de coletor de admissão de comprimento variável, para mais torque ou potência. Uma válvula reguladora eletrônica ligada ao computador do motor e da transmissão ajuda a melhorar o consumo. O novo Nu também é 33,3 kg mais leve que o antigo motor quatro cilindros da Hyundai. Ausências notáveis são as da injeção direta de gasolina e do sistema start-stop, mas a marca diz que essas tecnologias ainda são caras para essa linha de motores.
Da forma como está, o motor do Elantra provou ser bastante eficaz. Fornece boa explosão de força logo que acionado e potência linear por toda a faixa de aceleração. O que realmente impressiona é a suavidade em qualquer rotação. Seja rodando a 110 km/h ou andando de pé embaixo, nunca demonstrou fraqueza. A única vez em que notamos um déficit de potência significativo foi quando tentamos uma ultrapassagem em um aclive na rodovia. De modo geral, há força mais que suficiente para a condução cotidiana, seja na cidade ou na estrada.
O Elantra repete soluções de design dos Hyundais mais recentes, tanto na carroceria quanto no painel de linhas arrojadas
Ainda que o novo trem de força seja bem resolvido, há outras forças em atuação. Considere que o Elantra empata com o Civic como o carro mais leve da categoria. Com pouco menos de 1.215 kg, ele é apenas 45 kg mais pesado que o Ford New Fiesta Sedan. Sendo um peso-pena e ligeiramente mais potente que o Civic, o Hyundai conquista a melhor relação peso-potência da categoria.
Há bastante espaço vazio no centro do painel. O carro conta com controle de climatização, GPS com tela sensível ao toque, que é opcional em todas as versões, sistema de som de 360 watts e câmera de ré.
A esportividade é apenas um bônus. A principal missão do Elantra é servir de condução cotidiana econômica, e ele desempenha esse papel com louvor. O carro roda bem, andando firme sem ser muito rígido em pisos irregulares. Os barulhos do vento e motor são bem controlados, embora o ruído dos pneus possa se fazer audível em asfalto que não seja lisinho. Como aparenta ser uma tendência entre os novos Hyundai, a direção elétrica parece artificial, como o volante de um videogame, mas é rápida e precisa.
No banco de trás, espaço é bom para acomodar pernas, mas os mais altos podem bater a cabeça no teto
Por fora, a história se repete. Você encontrará elementos de estilo de outros Hyundais, como a grade que lembra a do ix35 e as linhas laterais inspiradas nas do Sonata. Mesmo que algumas características (como os faróis esticados até quase as colunas A) possam parecer um pouco exageradas isoladamente, em conjunto elas criam uma unidade atraente caracterizada como “envolvente e arrojada”. Em relação às rodas, as do modelo básico são aro 15 de aço, mas também estão disponíveis aros 16 de liga leve para o GLS, enquanto a versão Limited sai de fábrica com aros 17.
Perfil curto como em um cupê e traseira elevada devem conquistar clientes mais jovens, em especial os fãs do Civic
Executivos da Hyundai que estão no país para cuidar do projeto HB (compacto que será produzido em Piracicaba a partir de 2012) garantem que estão trabalhando para repetir a estratégia dos EUA. Ou seja, trazer o sedã com preço competitivo diante de Civic e Corolla. Caso isso se confirme, o Elantra estará em posição de liderar a categoria.
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